Boa noite.
Pela primeira vez vou aproveitar o facto de ter sido capitã este ano como desculpa para ter o direito de escrever umas palavras para todos vocês. Devido à delicadeza do momento de Sábado não consegui ter força suficiente para dizer algumas coisas que sinto e penso serem importantes. A verdade é que este ano não correu como desejado embora o trabalho e o esforço tenham sido efectuados nesse sentido. Houve algo que não apareceu, aquele click que podia ter feito a diferença e que nos teria colocado num dos patamares mais altos do futsal feminino. Isto não quer dizer que eu pessoalmente tenha deixado de acreditar nesta equipa e que, no futuro, não a apoie tanto ou ainda mais. Na teoria sei que somos consideradas uma das equipas mais polémicas, arruaceiras, indisciplinadas mas na prática, devido ao que vivi o ano passado e este ano, tenho a certeza que somos uma das equipas mais esforçadas, mais dedicadas e das que mais jogam por paixão à modalidade e com amor à camisola. Somos daquelas equipas com quem dá gozo e “pica” jogar e, geralmente, todos nos querem ganhar. Somos uma equipa de bairro, uma equipa com coração (que tantas vezes nos traiu nos jogos) e isso deixa-me, e devia-vos deixar a vocês, muito orgulhosa. Embora todas as desavenças que possam ter ocorrido o espírito e o ambiente sempre foi, é e será especial. O nome, Unidos, é mais que apropriado.
Não quero deixar ninguém de parte mas a verdade é que estas coisas tinham de ser ditas.Obrigada a todas as jogadoras que tornaram possível a participação neste campeonato, principalmente às meninas novas que trouxeram a garra, perseverança e juventude que faltava à equipa. Às mais velhas, um obrigado especial por terem auxiliado as mais pequenas e por fazerem uso da vossa experiência.Sem vocês não existia Unidos.
Tó e Bruno, companheiros de todas as horas. Tó, embora os maus momentos tenham aparecido, todos sabemos o quanto te desdobras pelos Unidos. Bruno, obrigada por fazeres de guarda-redes e de massagista ao mesmo tempo.
Senhor Paulo, merece um agradecimento especial. Por nos ter acompanhado desde o início nas bancadas frias dos pavilhões e, mais tarde, no banco de suplentes. Obrigada por ter agarrado o barco quando, por vezes, parecia que mais ninguém o iria fazer. Calma aliada a uma garra inexplicável são as palavras que tenho para o definir. Obrigada "Pai Paulo".
Finalmente, e não menos importante, à nossa claque. Sim, porque este ano tivemos uma claque. Alguém que nos acompanhou diariamente. Sem querer esquecer-me de ninguém há alguns nomes que não posso deixar de referir.
Obrigada Marinho, Paulinho, Taveira, Débora, Gonçalo, D. Rosário, S. Rogério, familiares da Filipa, familiares da Simão, familiares e amigos da Carolina, familiares da Micaela e tantos outros que foram aparecendo. Obrigada Tita que, embora lesionada, sempre nos tentaste acompanhar por esses pavilhões fora. Sem vocês, nada teria sido igual. Nada teria tido o mesmo gosto. Pessoalmente, nunca me irei esquecer de uma mão cheia de pessoas que gritava o meu nome e o da equipa com o tambor como barulho de fundo. Arrepiante. Uma experiência incrível(as minhas desculpas sinceras a quem, eventualmente, me possa ter esquecido).
Mister Farinha:
Falo pessoalmente mas sei que vou dizer o que a maioria, senão todos, pensa. É, como tu dizes, o fim de um ciclo, suponho que rodeado de recordações boas e más, e o que te desejo é a maior sorte do mundo e as maiores felicidades para qualquer que seja a nova etapa a que te propões. Foste, és e sempre serás o grande comandante desta equipa. És o elemento de união entre todos, a força de acreditar, de tentar, de querer. És aquele que nos conduz a sentimentos de cooperação, de entreajuda, de esforço mútuo e que nos incute a melhor coisa do mundo: o amor aos Unidos, o amor ao futsal. És tu que nos ajudas a conduzir a mente para o desenvolvimento do futsal feminino, algo nosso, algo por que devemos lutar e acreditar. Esta é a nossa paixão. E foi a tua durante nove anos (e vai continuar a ser claro). És um líder inato. Mas um dos bons. Não te queremos deixar ir mas temos a consciência de que é o melhor para ti. E se é o melhor para ti é o melhor para todos nós. Obrigada Mister.
TP 88
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